A solicitação da Defensoria foi enviada aos clubes em 1 de novembro, com um prazo de 15 dias para resposta, que se encerrou em 16 de novembro. Até o momento, os clubes não deram retorno, o que levou a instituição a informar que irá reiterar a solicitação. A DPRJ é representada pela Coordenação de Infância e Juventude (CoInfância) e o Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon).
Os quatro clubes cariocas têm como patrocínio master empresas de apostas esportivas, um setor que vem sendo bastante criticado por seus impactos negativos na economia e no comportamento dos apostadores. A DPRJ cita leis e regulamentações que proíbem a publicidade de tais empresas em produtos destinados a crianças e adolescentes.
A Defensoria decidiu agir após receber reclamações de que os nomes das casas de apostas patrocinadoras estavam presentes em camisetas e produtos infantis dos clubes. No ofício enviado aos clubes, a DPRJ solicitou que se abstenham de comercializar produtos com o nome das casas de apostas e que não haja publicidade desse tipo em competições de equipes de base que envolvam atletas menores de 18 anos.
Enquanto isso, o mercado de apostas tem sido alvo de escrutínio público devido aos seus impactos na economia e nas famílias. Estudos mostram que um número crescente de pessoas tem aderido às apostas esportivas, o que tem preocupado as autoridades. Medidas têm sido tomadas para regulamentar o setor e garantir a segurança financeira e mental da população.
A Agência Brasil procurou os clubes envolvidos para comentar a solicitação da Defensoria, mas até o momento apenas o Botafogo de Futebol e Regatas se manifestou, informando que a questão deve ser esclarecida com a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) Botafogo. Os demais clubes não enviaram comentários. A DPRJ reforçou que os ofícios foram enviados aos clubes e que cabe a eles repassar à SAF, caso necessário. O Vasco da Gama é outro clube com o futebol gerido por uma empresa SAF.
