Segundo as autoridades australianas, o dano causado pelo branqueamento já foi confirmado por cientistas do governo. Após analisarem 300 recifes próximos à superfície por meio de aviões, foi constatado que as altas temperaturas marinhas estão provocando o expulsão das algas dos corais, levando à perda das cores vibrantes.
A ministra do Meio Ambiente da Austrália, Tanya Plibersek, destacou a mudança climática como a maior ameaça aos recifes de coral em todo o mundo. Ela enfatiza a urgência de agir contra as mudanças climáticas para proteger os locais especiais, bem como as plantas e os animais que dependem deles.
O diretor para oceanos na Austrália da ONG WWF, Richard Leck, alerta para a iminente morte de grandes quantidades de corais se as temperaturas do mar não baixarem rapidamente. Ele ressalta que, embora algumas espécies de corais sejam mais resistentes e possam se recuperar com a redução da temperatura da água, os processos frequentes de branqueamento impedem a recuperação dos recifes.
O renomado especialista em corais, Terry Hughes, destaca a ironia de que os corais mais comuns na Grande Barreira atualmente são os mais sensíveis ao calor e menos tolerantes ao branqueamento. Com as temperaturas do oceano se aproximando dos valores máximos históricos, a situação é preocupante e exige ações urgentes para proteger esse ecossistema frágil e diversificado.