As receitas tiveram um aumento real de 7,8% em abril, em comparação com o mesmo mês do ano passado, e uma alta de 8,6% nos quatro primeiros meses do ano. Por outro lado, as despesas tiveram um crescimento de 12,4% em abril e 12,6% no acumulado do quadrimestre. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, atribuiu esse aumento nas despesas ao pagamento de precatórios e à antecipação do 13º salário para os afetados pelo desastre climático no Rio Grande do Sul.
No entanto, apesar do desempenho positivo das receitas, as despesas têm mantido um ritmo de crescimento robusto, levantando preocupações sobre a consolidação fiscal. Especialistas apontam que sem medidas enérgicas do governo, torna-se complicado vislumbrar um cenário otimista. Projeções indicam que o déficit do governo central em 2024 pode ser menor do que o estimado anteriormente, mas ainda assim há desafios a serem enfrentados.
No acumulado em 12 meses, até abril, o governo central apresentou um déficit de R$ 253,4 bilhões, correspondente a 2,23% do PIB. O objetivo do governo para 2024 é alcançar um resultado primário neutro, permitindo uma margem de variação de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos. Além disso, há um limite fixo de despesas estabelecido em R$ 2,089 trilhões para este ano.
Diante desse cenário, o governo enfrenta desafios para controlar suas despesas e manter a trajetória de consolidação fiscal. A avaliação das contas públicas continua sendo um ponto crucial para garantir a estabilidade econômica e financeira do país.