Com diversas sugestões de obras de engenharia para a futura concessionária, como uma nova ponte, túnel e viadutos, a gestão do governador Tarcísio de Freitas, do partido Republicano, busca mitigar as queixas das associações de moradores que serão afetadas durante e após as obras. Movimentos de bairro insatisfeitos alegam que as mudanças propostas apenas visam criar mais pistas para o fluxo de veículos, considerando-as uma cortina de fumaça.
As controvérsias se concentram na intervenção na Rodovia Raposo, especialmente no trecho entre São Paulo e Cotia, onde estão previstas pistas marginais contínuas que passarão por zonas residenciais, estabelecimentos comerciais e áreas de proteção ambiental. A criação de vias ininterruptas destinadas ao fluxo local e à circulação de ônibus urbanos é considerada crucial para reduzir o número de acidentes fatais na região.
Além disso, a construção das pistas marginais poderá proporcionar uma alternativa ao tráfego local, que atualmente utiliza a rodovia principal. Enquanto as novas pistas laterais não terão cobrança de pedágio, a tarifa na pista central está estimada em variar de R$ 0,65 a R$ 1,78 por trecho. A concessão também prevê a desapropriação de 280 imóveis em uma área de 300 mil metros quadrados, com a promessa de evitar remoções totais de grandes conjuntos habitacionais.
Essas mudanças têm suscitado debates e críticas por parte de moradores e associações locais, que enxergam a concessão com desconfiança e temem os impactos das obras em suas comunidades. O detalhamento das intervenções será realizado no projeto executivo, previsto para 2027, enquanto a previsão é que as obras sejam concluídas em cerca de oito anos, com início da cobrança de pedágios estabelecido para o mesmo período. A assinatura do contrato com a concessionária está marcada para abril de 2025.