A sociobioeconomia é um modelo que busca o crescimento econômico por meio da valorização dos recursos naturais regionais, utilizando práticas de uso e beneficiamento sustentável. Nesse modelo, os ativos ganham valor agregado após passarem por uma cadeia produtiva que valoriza o conhecimento local e não causa danos ao meio ambiente.
O grupo será coordenado pela Secretaria Nacional de Bioeconomia e contará com a participação de representantes de outras três secretarias do ministério, do Serviço Florestal Brasileiro, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Esses sete membros terão o prazo de 90 dias para elaborar um relatório com propostas e recomendações sobre o tema.
As reuniões do grupo serão realizadas a cada duas semanas, e em caso de necessidade, haverá suplentes para substituição. Além disso, a participação de especialistas e técnicos que possam contribuir com conhecimento sobre a sociobioeconomia será permitida.
A sociobioeconomia tem chamado a atenção das autoridades no Brasil pois oferece uma alternativa para a transição da economia para um modelo de baixo carbono. Além disso, esse modelo possibilita a qualificação dos ativos exportados pelo país, que atualmente são principalmente commodities, ou seja, bens utilizados como matéria-prima.
O tema tem sido discutido em audiências na Câmara dos Deputados, tanto por sua relevância econômica quanto por questões relacionadas à legislação trabalhista para os atores envolvidos nesse tipo de produção.
O grupo de trabalho terá a importante missão de estudar e propor medidas que possibilitem a aplicação da sociobioeconomia no Brasil, visando o desenvolvimento sustentável e uma economia mais equilibrada e responsável com o meio ambiente. Espera-se que o relatório a ser elaborado pelo grupo traga contribuições relevantes para o tema, impulsionando discussões e avanços nessa área crucial para o país.