De acordo com informações do governo estadual, os produtores atingidos terão acesso a R$ 50 mil para despesas como manutenção e recuperação da produção perdida. Esse auxílio será disponibilizado através do Feap (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista).
Além disso, o governo irá emitir um termo emergencial para impedir qualquer tipo de sanção ou multa dos órgãos fiscalizadores sobre as propriedades afetadas. As propriedades em questão também serão incluídas nos programas habitacionais paulistas, visando a recuperação das moradias afetadas pelas queimadas.
Os incêndios tiveram um impacto significativo nas atividades do setor agropecuário e em outros ramos da indústria do estado. A distribuidora Raízen, por exemplo, reportou diversos focos de incêndio em suas áreas de produção, assim como em propriedades de fornecedores de cana e em áreas de outros grupos sucroenergéticos.
A Raízen mobilizou toda a sua brigada de incêndio no combate às chamas, incluindo o uso de aeronaves para apoiar o Corpo de Bombeiros. A empresa acredita que os incêndios foram provocados por ação humana, de natureza criminosa, e foram agravados pelo clima seco, baixa umidade do ar, ventos fortes e altas temperaturas.
Jacyr Costa, presidente do Coagro (Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp), alertou para o grande impacto que os incêndios terão no agronegócio do estado, levando à interrupção de atividades realizadas ao ar livre. O Grupo Moreno, empresa do setor agrícola, chegou a oferecer uma recompensa de R$ 30 mil por informações que levem à prisão dos responsáveis por incêndios criminosos em suas áreas de cultivo.
Diante da gravidade da situação, as autoridades e as empresas estão unindo esforços para combater os incêndios e minimizar os prejuízos causados, tanto para as propriedades rurais quanto para o meio ambiente e a sociedade em geral.