Governo de São Paulo apresentará ações tomadas pela Defesa Civil após deslizamentos de terra no Litoral Norte em encontro do Cosud

O 9º Encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que ocorreu entre os dias 19 e 21 de outubro na cidade de São Paulo, abordou diversas questões relacionadas às ações tomadas pelo Governo de São Paulo, por meio da Defesa Civil, após os deslizamentos de terra que atingiram o Litoral Norte paulista em fevereiro deste ano.

Durante o evento, foram apresentadas as medidas adotadas pela Defesa Civil estadual aos agentes dos outros seis estados participantes. O objetivo dos debates era mostrar exemplos de sucesso de atuação e fortalecer a cooperação entre os governos em áreas de interesse comum entre os estados.

Um painel apresentado pela Defesa Civil mostrou a ordem cronológica das ações tomadas. Os primeiros alertas sobre os deslizamentos começaram em 16 de fevereiro, três dias antes da tragédia. As redes sociais do Governo alcançaram mais de 730 mil pessoas com os alertas. Além disso, o órgão entrou em contato com os representantes dos 49 municípios das regiões afetadas para informá-los sobre o risco dos eventos previstos para o período. Foram enviados um total de 14 alertas.

A tragédia mobilizou um efetivo de mais de 900 agentes no auxílio às vítimas. Além disso, mais de 300 viaturas e 300 maquinários foram utilizados nas áreas afetadas. A operação envolveu não apenas a Defesa Civil, mas também o Corpo de Bombeiros, as polícias do estado, a Sabesp e outros órgãos estaduais, municipais e federais.

A força-tarefa coordenada pelo Governo de SP atuou em várias frentes, incluindo buscas e salvamentos, desobstrução de rodovias, restabelecimento de serviços essenciais e direcionamento de moradias provisórias para os desabrigados.

Durante o evento, também foi enfatizada a rapidez das ações de resposta. Os primeiros deslizamentos começaram por volta das 3h do dia 19 de fevereiro, e imediatamente equipes de sobreaviso da Defesa Civil e geólogos do Instituto de Pesquisas Ambientais e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas foram enviados para o local.

No entanto, também foram discutidas as principais dificuldades enfrentadas durante a tragédia, como o deslocamento até os locais afetados, já que os deslizamentos causaram interdições na única rodovia de acesso às áreas mais atingidas. O transporte de bombeiros e o socorro das vítimas só era possível por meio de aeronaves da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária Federal e do Exército Brasileiro.

O Governo de São Paulo destinou R$ 7 milhões para a Defesa Civil agir no auxílio às vítimas das cidades afetadas. Além disso, coordenou o recebimento e envio de mais de 112 toneladas de doações para as famílias atingidas.

O órgão também atuou na realocação dos desabrigados em pousadas das regiões, verificando as condições sanitárias, de abastecimento e a capacidade de lotação. Em seguida, quase 1.200 pessoas foram realocadas em 21 hotéis com recursos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Paulo.

Outra medida adotada foi o envio diário de alertas sobre a possibilidade de novas chuvas, com recomendações para que as pessoas não descessem para o Litoral Norte e saíssem de forma voluntária das áreas de risco.

A Defesa Civil também auxiliou no trabalho de identificação de riscos das moradias individualmente, em parceria com órgãos técnicos e prefeituras. Além disso, coordenou as ações de desmobilização e retirada daqueles que podiam retornar para suas residências com segurança.

O órgão também contribuiu com estudos técnicos para as obras de contenção de deslizamentos de terras na Barra do Sahy, um dos pontos mais afetados pelos temporais em São Sebastião.

O 9º Encontro do Cosud foi uma oportunidade importante para debater as ações tomadas pela Defesa Civil de São Paulo após os deslizamentos de terra e compartilhar conhecimentos e experiências entre os estados participantes. O fortalecimento da cooperação entre os governos é essencial para que medidas efetivas possam ser implementadas em caso de desastres naturais, garantindo a segurança e o bem-estar da população.

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