A região afetada pela proibição abrange 4 milhões de hectares, o equivalente ao tamanho da Dinamarca, e está localizada na Reserva Nacional de Petróleo do Alasca (NPR-A). Essa área é de suma importância para a sobrevivência de ursos, renas e aves migratórias.
Ao anunciar a medida, o presidente Biden destacou a importância cultural e natural do Alasca e afirmou que o estado abriga algumas das maravilhas mais incríveis dos Estados Unidos.
Além da proibição de novas explorações, o Departamento do Interior, responsável pelas terras federais, também revogou sete licenças de exploração que haviam sido concedidas durante o governo de Donald Trump em outra região protegida do norte do Alasca, conhecida como Refúgio de Vida Selvagem do Ártico.
A decisão de proibir novas explorações de petróleo e gás no Alasca vem após controvérsias envolvendo a aprovação de um projeto da empresa de petróleo ConocoPhillips na mesma região. Esse projeto, chamado de Projeto Willow, foi autorizado pelo governo Trump e posteriormente endossado por Biden. No entanto, o projeto foi alvo de críticas por causa de seus impactos ambientais, com a redução para três zonas de perfuração em vez das cinco solicitadas pela empresa e com níveis de emissão de CO2 considerados alarmantes pelos ambientalistas.
Alguns especialistas veem o anúncio desta quarta-feira como uma tentativa do governo Biden de se recuperar das críticas recebidas após a aprovação do Projeto Willow e de cumprir sua promessa de campanha de congelar as licenças de exploração de petróleo.
Além da proibição na Reserva Nacional de Petróleo do Alasca, o plano anunciado pelo governo também proíbe a perfuração de petróleo e gás em uma área de mais de 1 milhão de hectares do mar de Beaufort, localizado ao norte da costa do Alasca.
A criação da NPR-A remonta a 1923, quando foi estabelecida pelo presidente Warren Harding. Ela é considerada a maior região de terras públicas dos Estados Unidos.






