Castro afirmou que o Itamaraty, ao enviar um ofício posterior pedindo investigação sobre o episódio, apenas tentou remediar a situação após ter negligenciado o papel devido no momento da abordagem. Para o governador, a atitude do órgão foi totalmente dispensável e não condizente com a importância do caso.
Durante a inauguração de uma base do programa Segurança Presente no acesso ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, Castro foi questionado por jornalistas sobre o assunto e não poupou críticas à postura do Itamaraty. Até o momento, o órgão não se manifestou a respeito das declarações do governador.
Além disso, o governador mencionou os depoimentos prestados pelos jovens e uma testemunha à polícia, ressaltando que o inquérito está sob sigilo. Ele destacou que é fundamental deixar o devido processo legal seguir seu curso para que, caso necessário, os policiais envolvidos sejam punidos de acordo com a gravidade de seus atos.
Castro também enfatizou que muitas das reclamações dos moradores da região de Copacabana, Ipanema e Leblon são motivadas por ocorrências de roubos e furtos cometidos por jovens. Para ele, é um erro crucificar a polícia antes mesmo da conclusão da investigação da Corregedoria.
A Corregedoria da PM está apurando um possível crime militar no caso, enquanto o inquérito de racismo é conduzido pela Delegacia de Atendimento ao Turista. Os dois policiais envolvidos já prestaram depoimento à Corregedoria e devem ser ouvidos novamente nesta quinta-feira (11).
O episódio, capturado por câmeras de segurança, mostrou a abordagem dos policiais aos quatro adolescentes, que, segundo relatos, foram revistados de forma agressiva sem qualquer justificativa. Diante das denúncias de violência racista, a sociedade aguarda por respostas e medidas concretas para que atos como esse não voltem a se repetir em nosso país.