Durante um evento no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), Castro expressou sua insatisfação com a postura do Itamaraty, afirmando que a instituição preferiu emitir uma nota pública antes de apurar o ocorrido. O governador ressaltou a importância de agir com cautela antes de fazer acusações à polícia, alegando que é necessário mais respeito e consideração por parte do Itamaraty, já que em situações de emergência são os policiais que atuam para proteger a população.
Os jovens abordados, dois deles com armas apontadas para si, são filhos de chefes de missões diplomáticas do Gabão e da Burkina Faso, além de um terceiro ser filho de um diplomata da embaixada do Canadá e o quarto, neto do jornalista Ricardo Noblat. A abordagem aconteceu enquanto os adolescentes retornavam de uma partida de futebol na praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais, com relatos dos familiares dos adolescentes apontando para um abuso de autoridade por parte dos policiais. A mãe de um dos jovens brancos envolvidos na abordagem descreveu a situação como um ato racial e criminoso, destacando a violência sofrida pelos adolescentes.
A Polícia Militar do Rio informou que os agentes envolvidos na ação possuíam câmeras corporais e que as imagens serão analisadas para verificar eventuais excessos cometidos durante a abordagem. A instituição destacou ainda que os direitos humanos, a ética e a legislação são temas prioritários nas disciplinas de formação dos policiais.
Diante da polêmica e das acusações de racismo, as autoridades estão investigando o ocorrido para esclarecer os fatos e garantir a devida punição, caso necessário. A sociedade civil e as instituições públicas estão atentas e vigilantes para evitar abusos de poder e discriminação racial em quaisquer circunstâncias.