Durante uma coletiva de imprensa no Palácio Iguaçu, o governador declarou: “O que acontece na fronteira é que a reintegração é de competência do governo federal, da Polícia Federal. Mas deixei claro ontem ao governo federal que, se eles não fizerem as reintegrações, o Estado vai ser obrigado a entrar na Justiça Federal para ter o direito de fazer a reintegração de posse.”
Ratinho Junior se reuniu com representantes do governo federal para discutir o assunto e está agendando uma nova reunião com a Casa Civil. Ele também destacou a atuação do governo paranaense em reintegrações de posse, lembrando que já foram realizadas 120 nos últimos cinco anos, todas de forma pacífica e dialogada.
O governador ressaltou a necessidade de uma solução permanente para a questão, visto que se trata de um conflito histórico que se arrasta há mais de 40 anos, desde a construção da Itaipu Binacional, que resultou na inundação de terras indígenas.
O conflito na região se intensificou nos últimos meses, com 22 famílias retomando territórios indígenas tradicionais na região de Terra Roxa. A Procuradoria-Geral do Estado informou a existência de liminares de sete ações de reintegração de posse e cinco interditos proibitórios, com prazo de 10 dias para desocupação.
Ratinho Junior expressou sua preocupação com os trabalhadores rurais afetados pela situação e pediu uma resolução que não os prejudique. A questão permanece em aberto, com a expectativa de encontrar uma solução pacífica e justa para ambas as partes envolvidas.
