Essas três últimas instituições têm garantido por lei, desde 1989, uma fatia de 9,57% da arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Caso a proposta do governador fosse aprovada, as universidades teriam que dividir essa porcentagem, gerando descontentamento por parte dos reitores das instituições afetadas.
Pressionado pela repercussão negativa e pelas manifestações contrárias, Tarcísio recuou de sua proposta. Em comunicado enviado à imprensa, o governo se comprometeu a enviar uma retificação à Alesp, garantindo a destinação dos 9,57% do ICMS exclusivamente para USP, Unicamp e Unesp.
Os reitores das universidades alegaram que a proposta representaria uma quebra na autonomia universitária estabelecida desde 1989, impactando negativamente a excelência e a qualidade do ensino oferecido pelas instituições. Além disso, parlamentares da oposição também se mostraram contrários à medida, manifestando apoio às universidades e prometendo resistir a qualquer ataque em seus orçamentos.
Este não foi o primeiro recuo de Tarcísio de Freitas em questões relacionadas à educação. Em 2023, o governador voltou atrás da decisão de abandonar o livro físico nas escolas após a Justiça conceder uma liminar que obrigava o Estado de São Paulo a voltar a fazer parte do Programa Nacional do Livro Didático. A gestão de Tarcísio também rescindiu o contrato para a compra de 200 milhões de livros digitais.
Diante do cenário econômico e das projeções de aumento na arrecadação para 2025, o orçamento previsto para as universidades estaduais paulistas deve ter um aumento significativo em relação ao ano anterior, ultrapassando a marca de R$ 16 bilhões. A gestão Tarcísio enfatizou que todas as medidas são tomadas visando garantir e ampliar os investimentos nas universidades públicas do estado.