Na região metropolitana, onde a responsabilidade pela distribuição é da Enel, 300 mil imóveis ainda estão sem luz, de acordo com o governador Tarcísio de Freitas. O prazo para o restabelecimento do serviço é nesta terça-feira (7).
Durante o encontro, ficou acordada uma coordenação entre a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, prefeituras e distribuidoras de energia para lidar com futuros “eventos extremos” que possam ocorrer no estado. O prefeito Ricardo Nunes ressaltou que a reunião demonstra a insatisfação das autoridades locais com a resposta dada até o momento para a crise atual.
Nunes afirmou que as concessionárias têm a obrigação de se preparar para situações como essa e destacou a necessidade de aumentar o nível de responsabilização diante das mudanças climáticas que estão se intensificando.
A Enel, responsável pela distribuição de energia na região metropolitana de São Paulo, alega que está lidando pela primeira vez com um “acontecimento climático desse tamanho”. A companhia foi notificada nesta segunda-feira pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).
No último final de semana, 3,7 milhões de pessoas ficaram sem luz no estado de São Paulo. A interrupção também causou falta de água, de acordo com Tarcísio de Freitas. Moradores relataram diversos problemas desde o temporal, desde a perda de alimentos até dificuldades para trabalhar. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes apontou que 49% dos estabelecimentos tiveram prejuízos de leve a moderados devido à situação.
O plano de contingência discutido durante a reunião busca evitar que eventos extremos causem interrupções no fornecimento de energia e, consequentemente, prejudiquem a população. Medidas para melhorar a preparação das concessionárias e aumentar a responsabilização foram debatidas no encontro.
É importante ressaltar que a Enel será obrigada a ressarcir os consumidores pelos danos causados pelo apagão, de acordo com o secretário nacional do consumidor entrevistado pela CNN.
Com a reunião, as autoridades esperam evitar que situações semelhantes ocorram no futuro e garantir um fornecimento de energia mais confiável para a população do estado de São Paulo.