Durante a audiência, Paim ressaltou a importância da determinação do Ministério da Educação (MEC) que definiu um reajuste de 3,6% no piso da educação básica no início do ano. Com o novo valor estabelecido em R$ 4.580,57 para o salário de um professor em exercício, o senador lamentou a falta de cumprimento da lei por parte de muitos prefeitos, não apenas no Rio Grande do Sul, mas em todo o país.
O senador enfatizou a relevância nacional do tema, destacando a intensa participação popular dos cidadãos no debate por meio do canal e-Cidadania do Senado. Ele também mencionou que destina emendas parlamentares para todos os 497 municípios do Rio Grande do Sul, pedindo ao movimento dos professores do estado uma lista dos gestores que não estão cumprindo o piso, para que os recursos possam ser direcionados adequadamente.
A secretária de finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Rosilene Corrêa, chamou a atenção para a importância de responsabilizar o Poder Executivo e discutir questões como carreira e estímulos à ocupação da função de professor entre os jovens. Ela enfatizou a necessidade de revisão da lei para garantir melhorias na educação e na valorização dos profissionais da área.
Além disso, a deputada Reginete Bispo (PT-RS) defendeu um debate mais profundo sobre o cumprimento do piso salarial, enfatizando a importância do investimento em educação. A presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputada Sofia Cavedon (PT-RS), ressaltou a ligação entre a luta pelo piso e a necessidade de investimentos na educação em todas as esferas governamentais.
A presença do professor em sala de aula foi destacada pelo primeiro vice-presidente do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS), Alex Santos Sarat, que ressaltou a importância da valorização do serviço público na área da educação para o cumprimento dos direitos humanos e para a democracia.
No entanto, a deputada Professora Luciene Cavalcante da Silva (Psol-SP) apontou a falta de transparência em relação ao cumprimento do piso e a ausência de fiscalização efetiva por parte do MEC. Ela destacou um projeto de lei que classifica como ato de improbidade administrativa o descumprimento do piso salarial dos professores e ressaltou a importância da união da categoria para garantir seus direitos.
Por fim, a participação popular foi evidenciada com comentários e questionamentos de internautas de diversos estados, apontando problemas similares em seus respectivos municípios. Sugestões como o bloqueio de verbas para governos que não cumprem o piso dos professores foram levantadas, demonstrando a preocupação e o engajamento da sociedade em relação a essa questão tão relevante para a educação do país.