O Estado Maior do Exército desempenha um papel crucial como órgão de direção geral dentro da corporação militar. Nunes, que ocupou o cargo de secretário da Segurança Pública do Rio durante a intervenção federal em 2018, ganhou destaque ao escolher o delegado Rivaldo Barbosa para chefiar a Polícia Civil do Rio. No entanto, recentemente, Barbosa foi preso sob suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, um fato que surpreendeu o general Nunes.
Antes de sua nomeação como chefe do Estado Maior, Nunes estava à frente do Departamento de Educação e Cultura do Exército, onde buscou promover uma formação mais voltada para aspectos científicos e tecnológicos, afastando os soldados de interesses políticos. Além disso, o general já ocupou o cargo de comandante do Comando Militar do Nordeste, e é conhecido por sua posição contrária a um golpe de Estado, o que lhe rendeu o apelido de “melancia” por parte de grupos radicais bolsonaristas.
É importante ressaltar que Nunes não foi o único militar a se opor a um golpe, a lista inclui Tomás Miguel Ribeiro Paiva, Fernando Soares e Silva e André Luiz Novaes Miranda, entre outros. Esses posicionamentos demonstram a diversidade de opiniões dentro das Forças Armadas brasileiras.
A chegada de Nunes à chefia do Estado Maior do Exército representa uma continuidade dentro da instituição, mostrando um processo de rodízio comum nas Forças Armadas. Com uma trajetória marcada por diferentes posições e desafios, o general Nunes enfrentará novas responsabilidades em um momento crucial para o país.