O cérebro humano geralmente apresenta uma divisão de funções entre os dois hemisférios, onde o hemisfério esquerdo controla tarefas como a linguagem e o direcionamento da atenção visual, enquanto o hemisfério direito pode influenciar a mão dominante. Nos canhotos, essa dinâmica pode ser diferente, com o hemisfério direito sendo responsável pela mão dominante. Porém, o que causa essa diferença na assimetria cerebral ainda é uma questão em aberto.
Os pesquisadores acreditam que essas descobertas podem ter relevância não apenas para entender a lateralidade das pessoas, mas também para o campo da psiquiatria. Estudos anteriores mostraram que pessoas com esquizofrenia têm uma probabilidade maior de serem canhotas ou ambidestras, o que sugere uma possível ligação entre a lateralidade e condições psiquiátricas.
O neurobiólogo Clyde Francks, autor sênior do estudo publicado na revista Nature Communications, ressaltou a importância dessas descobertas para entender melhor o desenvolvimento cerebral e as possíveis relações com condições psiquiátricas. As evidências apontam para uma interação complexa entre genes e fatores ambientais na determinação da lateralidade e suas implicações para a saúde mental.
Em resumo, o estudo recente sobre as variantes genéticas relacionadas à lateralidade dos canhotos traz novos insights sobre a complexidade do desenvolvimento cerebral e sua possível influência em condições psiquiátricas. Mais pesquisas serão necessárias para explorar a fundo essas relações e suas implicações clínicas.