Gene relacionado à lateralidade cerebral de canhotos é identificado em novo estudo, revelando insights sobre a origem da dominância das mãos.

Um novo estudo lançou luz sobre um componente genético que pode estar relacionado à lateralidade das pessoas, em especial dos canhotos. Segundo pesquisa recente, variantes raras de um gene chamado TUBB4B foram identificadas como 2,7 vezes mais comuns em indivíduos canhotos. Embora essas variantes sejam responsáveis por uma pequena porcentagem dos canhotos, os pesquisadores acreditam que o gene em questão pode ter um papel importante no desenvolvimento da assimetria cerebral que determina a mão dominante.

O cérebro humano geralmente apresenta uma divisão de funções entre os dois hemisférios, onde o hemisfério esquerdo controla tarefas como a linguagem e o direcionamento da atenção visual, enquanto o hemisfério direito pode influenciar a mão dominante. Nos canhotos, essa dinâmica pode ser diferente, com o hemisfério direito sendo responsável pela mão dominante. Porém, o que causa essa diferença na assimetria cerebral ainda é uma questão em aberto.

Os pesquisadores acreditam que essas descobertas podem ter relevância não apenas para entender a lateralidade das pessoas, mas também para o campo da psiquiatria. Estudos anteriores mostraram que pessoas com esquizofrenia têm uma probabilidade maior de serem canhotas ou ambidestras, o que sugere uma possível ligação entre a lateralidade e condições psiquiátricas.

O neurobiólogo Clyde Francks, autor sênior do estudo publicado na revista Nature Communications, ressaltou a importância dessas descobertas para entender melhor o desenvolvimento cerebral e as possíveis relações com condições psiquiátricas. As evidências apontam para uma interação complexa entre genes e fatores ambientais na determinação da lateralidade e suas implicações para a saúde mental.

Em resumo, o estudo recente sobre as variantes genéticas relacionadas à lateralidade dos canhotos traz novos insights sobre a complexidade do desenvolvimento cerebral e sua possível influência em condições psiquiátricas. Mais pesquisas serão necessárias para explorar a fundo essas relações e suas implicações clínicas.

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