Em relação ao combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, os esforços de fiscalização foram intensos nos primeiros seis meses de 2023, mas, em seguida, houve um relaxamento das ações, resultando em um aumento de cerca de 7% na área impactada pelo garimpo. A Hutukara Associação Yanomami monitora a situação através de imagens de satélite que revelam os desmatamentos e áreas exploradas pelos garimpeiros.
O governo brasileiro, no terceiro mandato de Lula, criou uma comissão permanente para atuar no caso, mas a situação ainda demanda atenção e ações mais efetivas. Dario Kopenawa ressalta que, apesar do desejo do presidente em salvar a vida dos indígenas, a situação continua grave, com mortes, invasores, garimpo ilegal, desnutrição e falta de profissionais de saúde.
A atuação do Ministério dos Povos Indígenas, criado por Lula e sob coordenação de Sonia Guajajara, ainda é alvo de análise e questionamento por parte de Dario. Segundo ele, é cedo para criticar a atuação do ministério devido à sua recente criação e às dificuldades enfrentadas, como falta de recursos humanos e financeiros.
Além dos desafios enfrentados no âmbito político e social, a cultura dos Yanomami ganhou destaque inesperado no cenário nacional, com a escola de samba Salgueiro escolhendo retratar o povo Yanomami no carnaval carioca. Dario vê essa homenagem como uma forma de chamar a atenção da sociedade brasileira para a realidade e resistência do seu povo.
Portanto, diante da persistência dos problemas enfrentados pelos Yanomami, é evidente que a atuação do governo em relação aos povos indígenas requer um comprometimento mais profundo e efetivo, a fim de garantir a proteção e respeito aos direitos dessas comunidades. A crise humanitária e sanitária continua a desafiar as autoridades e demanda medidas urgentes para mitigar o sofrimento desses povos.