Os responsáveis pelo prédio, mesmo cientes da liminar que impedia a demolição, reconstruíram todas as paredes internas dos andares 2º ao 7º, além da fachada frontal e lateral do edifício. Com a revogação da liminar, a demolição foi retomada de forma manual para evitar abalos na estrutura dos prédios vizinhos.
O prédio em questão já estava sendo alugado, com uma unidade disponível por R$ 1.800. Mesmo assim, a família que morava no local havia recebido um aviso de despejo devido a uma dívida de aluguel.
O secretário de Ordem Pública, delegado Brenno Carnevale, enfatizou a importância da operação para demolir construções irregulares e ilegais no Recreio dos Bandeirantes. Ele ressaltou a necessidade de garantir a segurança e integridade física das pessoas que poderiam ocupar o prédio, além de combater as atividades do crime organizado, que muitas vezes se utilizam dessas construções para lavagem de dinheiro.
Engenheiros da prefeitura estimam um prejuízo de aproximadamente R$ 13 milhões aos proprietários do prédio. O edifício, que conta com oito apartamentos por pavimento, totalizando 48 unidades, não estava de acordo com os parâmetros urbanísticos da região, onde apenas construções de até dois andares são permitidas.
Além disso, desde o ano de 2021, a prefeitura do Rio já realizou mais de 4 mil demolições de construções irregulares em todo o município, sendo 70% delas em áreas com atuação do crime organizado. O Recreio dos Bandeirantes foi a região mais impactada por essas ações, com um prejuízo total de mais de R$ 1 bilhão aos construtores, a maioria associada à milícia que atua na área. A demolição dessas construções visa trazer maior segurança e ordem para a região, combatendo atividades ilegais e irregulares.