De acordo com a Polícia Civil, a caminhonete que armazenava os materiais foi levada enquanto estava estacionada na rua Félix Bernadelli, no bairro Iguatemi. A empresa responsável pela caminhonete, especializada em equipamentos médicos, havia coletado os produtos no Rio de Janeiro com destino aos estados do Paraná e Santa Catarina.
As embalagens contêm substâncias radioativas de uso hospitalar, como o Gerador Ipen-Tec, fabricado pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) vinculado à USP, e o tricloreto de gálio, utilizado em tomografias de emissão de pósitrons. Outras embalagens continham molibdênio-99 e tecnécio-99m, produtos essenciais para o diagnóstico de diversas doenças.
A preocupação com o desaparecimento desses materiais se baseia nos riscos à saúde pública que podem ser causados pelo manuseio impróprio dos produtos radioativos. Fotos das embalagens revelam que são produtos de uso restrito a hospitais, fabricados pela RPH Radiofarmácia Centralizada, uma das principais empresas do ramo no Brasil.
As autoridades estão empenhadas em recuperar tanto o material quanto o veículo roubado, além de identificar o responsável pelo crime. Este episódio traz à tona a fragilidade na segurança e no controle de materiais radioativos, relembrando o trágico acidente radiológico que ocorreu em Goiânia em 1987, que deixou quatro mortos e centenas de contaminados.
É fundamental que medidas rigorosas sejam tomadas para evitar que situações como essa se repitam, colocando em risco a saúde e a segurança da população. O caso segue em investigação pelas autoridades competentes, e novas informações serão divulgadas pela Cnen conforme o desenrolar dos acontecimentos.