Historicamente, os furacões têm exercido influência nas eleições americanas. O impacto causado pelo Katrina em 2005, pelo Sandy em 2012 e pelo Maria em 2017 são exemplos claros disso. Este ano, a temporada de furacões trouxe não apenas um, mas dois destes fenômenos: o Helene, que atingiu a Flórida em setembro, e o Milton, cujas consequências ainda são incertas. Ambos os furacões afetaram diretamente estados-chave como a Carolina do Norte e a Geórgia, que terão papel fundamental na definição do resultado eleitoral.
Uma grande preocupação em relação aos desastres naturais é o impacto na participação eleitoral. A Fema, agência federal de resposta a emergências, já anunciou auxílio para os moradores atingidos, mas o receio é que as dificuldades enfrentadas pelas vítimas possam influenciar negativamente a votação. Com a votação não sendo obrigatória nos Estados Unidos, a mobilização dos eleitores se torna ainda mais crucial.
Além disso, teorias da conspiração estão circulando, com alguns apoiadores do atual presidente alegando que os furacões foram fabricados pelo governo Biden. Essas especulações, disseminadas nas redes sociais, criam um ambiente de desinformação e desconfiança, que pode afetar a percepção dos eleitores sobre o pleito.
Diante desse cenário complexo, tanto a campanha de Donald Trump quanto a de Kamala Harris, sua adversária, estão tendo que se adaptar e reagir à presença dos furacões na reta final da eleição. Novas regras de votação foram implementadas para acomodar os eleitores afetados, mas há o temor de que essas mudanças possam ser usadas para questionar a legitimidade do resultado.
Com tantas variáveis em jogo, resta aguardar para ver o desfecho desse pleito eleitoral marcado não só pela polarização política, mas também pelos impactos imprevisíveis dos fenômenos naturais. O resultado das urnas nos próximos dias revelará o verdadeiro reflexo dos furacões nas eleições presidenciais americanas.