Na estação Barra Funda, onde é possível pegar trens, ônibus e metrô, líderes de movimentos que apoiam a greve se reuniram para conscientizar a população sobre os efeitos da privatização e explicar as razões da paralisação. Apenas no metrô da Barra Funda, circulam em média 60 mil passageiros por hora durante os horários de pico.
Durante o discurso de uma liderança popular pelo microfone, houve protestos de transeuntes que demonstraram irritação e incompreensão em relação à greve. No entanto, a liderança enfatizou que a greve é não apenas pelos direitos dos trabalhadores, mas também pela melhoria dos serviços prestados à população.
Raquel Brito, integrante do diretório da Unidade Popular na capital paulista, explicou que a mobilização tem o objetivo de esclarecer que todos perdem com a privatização e que todos estão do mesmo lado na história. Segundo ela, a privatização é prejudicial para os usuários, já que as empresas privadas estão focadas no lucro, o que resultaria em piora nos serviços e aumento das tarifas.
A greve afetou a rotina de muitos usuários do transporte público. A operadora de máquinas fixas Genilda Matos, por exemplo, não sabia que sua linha de transporte diária estaria indisponível. Ela mora na zona norte e trabalha em Vila Prudente, dependendo de três linhas de ônibus e uma de trem para se deslocar. No entanto, mesmo com as dificuldades causadas pela greve, seu empregador entendeu a situação.
Alguns usuários manifestaram apoio à greve e preocupação com a privatização. Denise da Silva, técnica em farmácia que utiliza a linha vermelha do metrô, que estava paralisada, para ir ao trabalho, disse que os trabalhadores precisam de melhores salários e serviços, mas a greve também prejudica a população. Ela conhece pessoas que dependem de linhas de transporte já privatizadas, como os trens 8 e 9, que sofrem com problemas diários, como a lentidão. Denise também reconhece que a privatização pode resultar no aumento das tarifas.
Eni Duarte, técnica de enfermagem que percorre um trajeto de Itapevi até a Penha todos os dias, também é favorável à greve e se opõe à privatização. Ela acredita que a privatização pode levar ao aumento das tarifas e à perda do controle dos serviços pela população.
Apesar de alguns usuários expressarem preocupação e irritação com a greve, é importante entender as razões por trás dessa mobilização e buscar informações sobre os impactos da privatização nos serviços de transporte público. A greve é uma forma histórica de luta dos trabalhadores e tem sido fundamental na conquista de direitos ao longo do tempo.






