A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, Agnes Soares, destacou que crianças, idosos e pessoas com doenças prévias, como hipertensão e diabetes, estão em maior situação de vulnerabilidade. Além disso, indivíduos com alergias e problemas respiratórios, como asma e bronquite crônica, devem manter-se vigilantes.
Durante uma coletiva de imprensa, Agnes alertou sobre os sintomas da exposição à fumaça, que incluem ardência nos olhos, irritação na garganta e sensação de fechamento da laringe. Pessoas mais sensíveis podem apresentar sintomas mais graves, como o chiado característico da bronquite. Por isso, é recomendado o uso de máscaras que filtram partículas finas do ar.
O período de exposição à fumaça também aumenta o risco de problemas cardíacos e hipertensão, podendo levar a infartos e AVCs. A secretária ressaltou a importância de se adotar medidas de proteção, como o uso de máscaras e bandanas, especialmente em casos de exposição prolongada.
Quanto à manutenção das aulas em regiões afetadas pela fumaça, Agnes explicou que não há um marco legal específico e recomendou que os municípios avaliem a situação considerando o risco para doenças respiratórias. Cuidados extras devem ser tomados com crianças, como evitar a exposição prolongada à fumaça e manter a hidratação adequada.
Em unidades de pronto atendimento, já foi observado um aumento nos casos de doenças respiratórias, principalmente entre crianças. A recomendação é evitar atividades ao ar livre e garantir a disponibilidade de medicações controladas. Medidas simples, como o uso de máscaras e a restrição de atividades não essenciais, podem ajudar a proteger a população durante esse período delicado.
