A tensão e o medo eram constantes durante a fuga, com explosões cada vez mais próximas e cidades devastadas à vista. Leni relata a angústia de abandonar tudo o que construiu no Líbano, mas afirma que é preferível recomeçar no Brasil a arriscar a vida de suas filhas. A situação dramática no país, com mais de 90 mil pessoas deslocadas desde o início dos ataques, é um reflexo do caos e da violência que assolam a região.
Enquanto Leni busca abrigo nas montanhas, Carla Mussallam Al Masri, uma guia de turismo paulistana que vive no Líbano há 28 anos, relata o terror causado pelos aviões supersônicos israelenses. O estrondo causado pelo rompimento da barreira do som é descrito como ensurdecedor, fazendo as casas tremerem e despertando o medo e a ansiedade na comunidade.
Os recentes ataques entre Israel e o Hezbollah têm aumentado as tensões na região, alimentando o temor de um conflito regional mais amplo. Os relatos de Leni e Carla refletem a realidade de milhares de pessoas que vivem sob a constante ameaça da guerra e buscam encontrar alguma segurança em meio ao caos.
Enquanto aguardam por uma possível evacuação, essas famílias enfrentam desafios diários e incertezas sobre o futuro, mas mantêm a esperança de poder recomeçar suas vidas em um lugar onde a paz seja uma realidade, não apenas um desejo distante.