FPE critica nova política industrial de Lula da Silva como “nova política velha” baseada em modelo petista do passado.

A nova política industrial do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido alvo de críticas da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) por se basear em um modelo petista do passado, que não resultou em melhorias significativas para o setor industrial. Segundo o presidente dessa frente, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), essa política é considerada “nova política velha”.

Por outro lado, o governo federal defende a implementação desse novo plano, alegando ter sido elaborado após constante diálogo com o setor produtivo. Segundo o governo, essa nova política industrial segue as experiências mais modernas, buscando impulsionar a indústria nacional com base em exemplos dos Estados Unidos e da União Europeia. O governo projeta que a implementação desse plano resultará em melhorias na vida da população, mais empregos e maior competitividade da indústria nacional.

O conteúdo do “Nova Indústria Brasil”, plano do governo para impulsionar o setor industrial pelos próximos dez anos, será oficialmente apresentado na próxima segunda-feira (22), em evento no Palácio do Planalto, conforme informado em reportagem da Folha.

Entretanto, a crítica da FPE ganha mais relevância considerando o esforço da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para evitar déficits orçamentários e manter as contas dentro das regras fiscais. O presidente da frente parlamentar considera que o plano apresenta uma “grande contradição”, frente às posições da equipe econômica para aumentar a arrecadação federal.

Em contrapartida, o governo Lula destaca que a nova política industrial foi construída com base no diálogo com representantes do setor produtivo, trabalhadores e agentes da administração federal. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços afirma que o objetivo da nova política é implementar um projeto de neoindustrialização com uma indústria “sustentável, forte e inovadora”. E o diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES, José Luís Gordon, afirma que a nova política industrial está “ancorada no que existe de mais moderno” para estimular e apoiar o setor empresarial.

Essa nova política industrial prevê medidas como linhas de crédito com condições favoráveis, para que empresas nacionais possam assumir serviços e obras do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), assim como contratos com compras governamentais.

Além disso, o plano aponta missões e metas específicas para setores como agroindústria, complexo industrial de saúde, infraestrutura, transformação digital, bioeconomia, tecnologia de defesa, entre outros. As metas envolvem desde a produção de insumos em saúde até a redução de emissões de gases poluentes na indústria.

Diante disso, as discordâncias em relação à nova política industrial do governo Lula revelam um embate entre diferentes visões sobre o papel do Estado na economia e no fomento à indústria nacional. Agora, resta aguardar os desdobramentos e impactos que essa nova política industrial trará para o cenário econômico e industrial brasileiro.

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