A cidade mais impactada por essas condições adversas foi Rio do Sul, no Vale do Itajaí, que contabilizava 483 desabrigados até ontem. O Rio Itajaí Açu atingiu 8,97 metros de profundidade na região, transbordando e resultando em inundações em vários bairros. Pontos de alagamento também foram observados no município.
De acordo com a Defesa Civil de Rio do Sul, o volume de chuvas registrado no último sábado foi o maior desde julho de 2016, quando o sensor de medição de níveis do rio e precipitação pluviométrica foi instalado. Os danos causados levaram a prefeitura a decretar estado de emergência municipal.
“O volume de chuvas foi significativamente superior ao previsto, superando recordes anteriores. Foram 152,2 milímetros de chuva, comparados aos 99,8 milímetros registrados em 4 de maio de 2022”, informou a Defesa Civil em comunicado, destacando um acumulado de 167 milímetros nos últimos dias.
Além de Rio do Sul, outras sete cidades catarinenses que enfrentam as consequências das chuvas decretaram situação de emergência, incluindo Araranguá, Balneário Gaivota, Jacinto Machado, Maracajá, Passo de Torres, São João do Sul e Sombrio.
Apesar da gradual diminuição da chuva nas áreas afetadas ao longo do domingo, uma massa de ar frio manteve as temperaturas baixas em grande parte de Santa Catarina. A Defesa Civil estadual prevê uma estabilização gradual do tempo a partir de hoje (20), com uma leve elevação das temperaturas pela tarde. No entanto, o risco moderado de ocorrências associadas à agitação marítima permanece, com possíveis rajadas de vento de até 50 km/h atingindo o litoral sul e a Grande Florianópolis, resultando em condições de mar agitado.
Para amanhã (21), está prevista a chegada de uma nova frente fria que pode trazer pancadas de chuva na divisa com o estado vizinho, o Rio Grande do Sul, especialmente na região Grande Oeste.