Iauaretê, antiga missão salesiana fundada em 1915, hoje é habitada por aproximadamente 3.000 indígenas de diferentes etnias, como tukano, tariana, baré, arapaso, hupda, tuyuka, desana e pira-tapuya. Em resposta à presença dos homens armados na região, moradores do distrito receberam mensagens dos militares do Exército orientando-os a permanecer em suas casas e evitarem circulações desnecessárias pela comunidade durante o período da operação em curso.
Há relatos de que o acesso ao rio Uaupés foi restrito aos indígenas locais, e imagens enviadas pelos residentes mostram portas fechadas e a comunidade praticamente deserta. O comandante Rodrigues afirmou que esses indivíduos suspeitos podem ser remanescentes de grupos armados, relacionando-os às antigas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). O objetivo das ações realizadas pelas tropas militares é garantir a segurança dos indígenas e ribeirinhos da região.
Além disso, houve um reforço da Polícia do Exército nas pistas de pouso da área para evitar que sejam usadas clandestinamente. A presença dos militares causou temor na comunidade, conforme relatos de um padre local pedindo para evitar fotografias dos militares em ação. O clima de medo foi intensificado devido ao aumento das apreensões de drogas na região recentemente, com destaque para a apreensão de 310 kg de skank no distrito onde os homens armados foram avistados.
Portanto, as autoridades locais estão em alerta máximo devido à potencial presença de narcotraficantes na região e continuam monitorando a situação para garantir a segurança da população indígena e ribeirinha de Iauaretê. As investigações sobre os grupos criminosos em atuação na região estão em andamento, enquanto as forças de segurança permanecem atentas para combater o tráfico de drogas nessa área de fronteira sensível.