Forças Armadas reforçam operação na fronteira do Amazonas em meio à suspeita de movimentação de narcotraficantes no rio Uaupés.

O Exército e a Força Aérea Brasileira intensificaram suas operações no rio Uaupés, situado no distrito indígena de Iauaretê, em São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas, na fronteira com a Colômbia. Essa ação foi realizada em resposta à detecção de homens armados na região pelo sistema de vigilância do 1º Pelotão Especial de Fronteira, segundo informações do Comando Militar da Amazônia (CMA). O comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, Nilton Diniz Rodrigues, sugeriu que a movimentação registrada possa ser atribuída a narcotraficantes.

Iauaretê, antiga missão salesiana fundada em 1915, hoje é habitada por aproximadamente 3.000 indígenas de diferentes etnias, como tukano, tariana, baré, arapaso, hupda, tuyuka, desana e pira-tapuya. Em resposta à presença dos homens armados na região, moradores do distrito receberam mensagens dos militares do Exército orientando-os a permanecer em suas casas e evitarem circulações desnecessárias pela comunidade durante o período da operação em curso.

Há relatos de que o acesso ao rio Uaupés foi restrito aos indígenas locais, e imagens enviadas pelos residentes mostram portas fechadas e a comunidade praticamente deserta. O comandante Rodrigues afirmou que esses indivíduos suspeitos podem ser remanescentes de grupos armados, relacionando-os às antigas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). O objetivo das ações realizadas pelas tropas militares é garantir a segurança dos indígenas e ribeirinhos da região.

Além disso, houve um reforço da Polícia do Exército nas pistas de pouso da área para evitar que sejam usadas clandestinamente. A presença dos militares causou temor na comunidade, conforme relatos de um padre local pedindo para evitar fotografias dos militares em ação. O clima de medo foi intensificado devido ao aumento das apreensões de drogas na região recentemente, com destaque para a apreensão de 310 kg de skank no distrito onde os homens armados foram avistados.

Portanto, as autoridades locais estão em alerta máximo devido à potencial presença de narcotraficantes na região e continuam monitorando a situação para garantir a segurança da população indígena e ribeirinha de Iauaretê. As investigações sobre os grupos criminosos em atuação na região estão em andamento, enquanto as forças de segurança permanecem atentas para combater o tráfico de drogas nessa área de fronteira sensível.

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