O relatório Focus divulgado recentemente reforçou a previsão de um déficit primário de 0,60% do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2024. Esses dados se mantêm estáveis há sete semanas, mas ainda estão distantes da meta do governo, que almeja um resultado zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto para mais ou para menos. Como estratégia para alcançar esse objetivo, o Executivo tem como expectativa um resultado negativo de R$ 28,8 bilhões para este ano, alinhado ao piso do alvo estabelecido.
No que se refere ao cenário para 2025, a estimativa intermediária para o déficit primário oscilou de 0,73% para 0,70% do PIB. Mais uma vez, o mercado se encontra fora da meta estabelecida para o próximo ano, que também é de déficit zero, com uma margem de tolerância similar à atual. Há um mês, as projeções indicavam um déficit de 0,74% do PIB para 2025.
Além disso, a análise do relatório aponta que a estimativa para o déficit nominal de 2024 diminuiu de 7,78% para 7,76% do PIB, enquanto para 2025 houve uma redução de 7,30% para 7,15% do PIB. Esses dados são significativos, pois o déficit primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública, enquanto o déficit nominal considera esses gastos com juros e despesas financeiras.
Por fim, a mediana para a dívida líquida do setor público como proporção do PIB em 2024 se manteve em 63,50%, enquanto para 2025 houve um aumento de 66,50% para 66,68% do PIB. Esses números sinalizam um cenário desafiador para a economia nacional nos próximos anos, especialmente no que diz respeito à gestão das finanças públicas e ao equilíbrio fiscal. É importante acompanhar de perto as medidas adotadas pelo governo para lidar com essa situação e promover o desenvolvimento sustentável do país.