Em destaque, temos a figura de Catello, um político corrupto com características tragicômicas, interpretado brilhantemente por Toni Servillo, conhecido por seu papel emblemático em “A Grande Beleza”. O filme busca explorar as camadas desses personagens e expor uma parte da sociedade que se reflete neles, mostrando um tecido sócio-cultural italiano em toda a sua complexidade.
Segundo os diretores, através dessas “duas máscaras”, eles pretendem refletir a realidade da máfia e seu impacto na Sicília e em toda a Itália. A abordagem desses personagens mafiosos revela um aspecto ridículo e insensato, conferindo uma dimensão trágica a esse fenômeno que assola o país.
“Narramos este pântano no qual flutuamos”, afirmam os diretores, que se mantêm confiantes na possibilidade de luta e resistência contra a máfia. Eles destacam a importância de questionar e buscar respostas, em um contexto onde muitas perguntas permanecem sem respostas ou são demasiadamente óbvias para serem verdadeiras.
“Iddu” se consolida como uma obra que vai além do entretenimento, proporcionando uma reflexão profunda sobre a realidade social e política da Itália contemporânea. Com performances marcantes e uma direção precisa, o filme promete envolver e provocar o público, levando-o a refletir sobre questões urgentes e universais.
