Repórter São Paulo – SP – Brasil

Festival Banana da Terra promove diálogos sobre preservação ambiental e cultura alimentar com destaque para artistas periféricos

No último fim de semana, São Paulo foi palco do festival Banana da Terra, realizado no Centro de Culturas Negras do Jabaquara. O evento teve como foco principal o ecossistema periférico e a conscientização sobre preservação ambiental, racismo ambiental e cultura alimentar. Completamente gratuito, o festival contou com uma diversificada programação musical, incluindo apresentações de artistas renomados como Brisa Flow, MC Marechal, Indy Naíse, Dj Licciss e Dj Boby. A iniciativa propôs uma reflexão sobre as questões ambientais urgentes, destacando as vozes dos artistas que têm suas raízes nas comunidades periféricas. Além dos shows, o evento também contou com uma feira de empreendedores.

No campo literário, dois livros chamaram a atenção do público. O primeiro deles é “Balanço Afiado: Estética e Política em Jorge Ben Livro”, escrito por Allan da Rosa e Deivison Faustino e publicado pelas editoras Fósforo e Perspectiva. Diferente de uma abordagem acadêmica convencional, os autores optaram por uma escrita solta, como se fosse uma conversa descontraída sobre a obra do renomado músico Jorge Ben Jor. O livro examina a importância e as contribuições de Ben Jor para a música brasileira, destacando seu alinhamento com ideias antirracistas.

O segundo livro que ganhou destaque foi “Também Guardamos Pedras Aqui”, de Luiza Romão, que foi premiado na categoria de melhor livro de poesia no Prêmio Jabuti de 2022. A obra versa sobre o papel das mulheres na sociedade, resistência das minorias sociais e as diversas violências presentes no Brasil. O título do livro já indica a temática abordada, mostrando que, do ponto de vista de Luiza Romão, também há pedras para o ataque e defesa.

Outra obra literária que merece destaque é “Uma Chance de Continuarmos Assim”, de Taíasmin Ohnmacht. Inspirado em Octavia Butler, autora de ficção científica, o livro conta a história de Paula e Marcela, duas amigas negras e estudantes de física que criam uma máquina do tempo chamada Sankofa. A narrativa evidencia não apenas as armadilhas do passado para capturar pessoas negras, mas também demonstra que no futuro existem tecnologias que não são saudáveis.

Essas são apenas algumas das opções de entretenimento e leitura que estiveram em destaque nos últimos dias. A variedade de eventos e obras disponíveis permite que cada pessoa encontre algo que lhe interesse e contribua para o enriquecimento cultural e intelectual.

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