Morais foi escolhido por unanimidade pela equipe de 13 diretores do veículo para um mandato de 3 anos. Ele enxerga esta nova missão como um “desafio gigantesco” dada a longa trajetória da agência, que foi fundada durante a Guerra Fria e tem como objetivo levar informações sobre grupos marginalizados para o mundo inteiro.
A IPS, que tem sede em Roma mas será transferida para Madri, também ganhará uma sede em São Paulo a partir de abril de 2024, de acordo com o jornalista Carlos Tibúrcio, diretor da IPS Latino-Americana e assessor especial da Presidência.
Morais ressalta que a agência possui uma característica híbrida, publicando conteúdos de diferentes gêneros, incluindo materiais sobre problemas de países, principalmente pobres, da região do Sul Global, além de priorizar a cobertura e defesa do meio ambiente.
O jornalista também manifesta preocupação em relação à desinformação disseminada na internet, particularmente após as eleições dos Estados Unidos que elegeram Donald Trump como presidente. Ele acredita que uma agência respeitada e credível como a IPS pode contribuir significativamente na luta contra a desinformação e a manipulação da informação.
Além de sua carreira na IPS, Fernando Morais também é reconhecido por sua carreira na imprensa brasileira, tendo sido premiado com o Prêmio Esso por três vezes. Seus livros, incluindo biografias como as de Lula e Chatô, alcançaram grande sucesso e foram traduzidos para 38 países.
O presidente Lula expressou sua felicidade ao ver seu amigo e biógrafo assumindo o papel de diretor da agência internacional, destacando a importância e relevância do cargo para Morais. Com tantas conquistas e reconhecimento ao longo de sua carreira, Fernando Morais agora está pronto para escrever uma nova história na Inter Press Service, levando seu comprometimento com a informação de qualidade para um público global.