Seu Zé resistiu à pressão por décadas para desmatar sua terra e expandir as áreas de pastagem, optando por preservar as palmeiras de babaçu que são fundamentais para as comunidades extrativistas locais. O patriarca da família sempre acreditou que derrubar essas árvores seria um desperdício não apenas para a natureza, mas também para a cultura e economia locais.
A esposa de Seu Zé, Adriana Labre, 89, relembra os tempos em que toda a família sobrevivia do babaçu, destacando a importância dessa planta na região. Com o passar dos anos, a administração da fazenda se tornou desafiadora para a família, levando-os a buscar soluções inovadoras.
Foi assim que encontraram o empreendedor Luis Fernando Laranja, fundador da Caaporã, uma startup focada em sistemas agrossilvipastoris. O projeto em São Bento, com apoio do Fundo Vale, baseia-se na preservação das palmeiras de babaçu nativas e no plantio de novas árvores nas áreas de pastagem.
Além da preservação ambiental, a iniciativa visa melhorar a saúde e o desempenho do rebanho, aumentar a qualidade dos pastos, e gerar créditos de carbono. A tecnologia é utilizada para monitorar a pastagem e o gado com precisão, garantindo eficiência e sustentabilidade na produção.
A iniciativa em São Bento integra a Meta Florestal 2030 da Vale, que visa a proteção e recuperação de áreas florestais. O Fundo Vale tem investido em iniciativas socioambientais, contribuindo para acelerar a transição para uma economia mais sustentável.
Para Seu Zé e sua família, ver as palmeiras de babaçu de pé, enquanto o gado prospera, representa não apenas um avanço, mas também um exemplo de como é possível conciliar produção agropecuária e preservação ambiental. Essa iniciativa demonstra que é possível encontrar soluções inovadoras para os desafios do agronegócio, promovendo o desenvolvimento sustentável e a preservação da natureza.






