Segundo Souza, essa situação reflete uma tendência observada em outras cidades brasileiras, que é a dificuldade das principais lideranças nacionais, como Lula e Bolsonaro, em transferir votos para seus candidatos locais. Esse cenário está causando uma mudança significativa no jogo político e forçando o ex-presidente a repensar sua estratégia em uma das cidades mais importantes do país.
A adesão de figuras importantes da direita, incluindo membros do PL, à candidatura de Marçal está criando um novo desafio para o bolsonarismo, obrigando Bolsonaro a reconsiderar suas posições e estratégias na corrida municipal. Enquanto isso, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Bolsonaro, parece não ter conseguido estabelecer uma conexão efetiva com o eleitorado bolsonarista, o que levanta questionamentos sobre a eficácia das escolhas de candidatos do ex-presidente.
O posicionamento de Lula também é analisado por Souza, que acredita que sua ênfase em agendas internacionais pode ser uma forma de se distanciar de possíveis derrotas nas eleições municipais. O especialista pondera que, no atual cenário, o resultado das municipais como um todo pode não ser satisfatório para o Partido dos Trabalhadores e para a esquerda em geral.
Em resumo, a corrida eleitoral em São Paulo está se mostrando cada vez mais complexa e imprevisível, com o surgimento de novos elementos que estão impactando diretamente as estratégias dos candidatos e das lideranças políticas nacionais. É possível que esses novos contornos influenciem significativamente o resultado das eleições na maior cidade do país.
