Graziele Paiva, advogada e moradora da casa afetada, relata que o problema teve início em novembro do ano passado, quando uma obra em um terreno vizinho causou a queda de um muro no escadão. Apesar dos contatos feitos com a ISA CTEEP, a construção seguiu, e a situação piorou com o rompimento de uma tubulação de água, agravando os danos.
Após novas operações no terreno ao lado em maio deste ano, a família viu sua casa ser interditada apenas um mês depois. Diante da deterioração do imóvel e da falta de suporte da Defesa Civil, Graziele e o marido, Pedro, solicitaram à empresa a cobertura de um aluguel temporário, mas não obtiveram resposta. Forçados a arcar com os custos de um novo aluguel, a família se viu em uma situação financeiramente difícil.
Após a interdição do imóvel, a família foi realocada para um hotel em São Bernardo, mas a oferta da empresa foi alvo de críticas. A realocação foi considerada demorada e mal planejada, sem cobertura de despesas adicionais, como alimentação e transporte. Além disso, o cachorro da família teve que permanecer na casa interditada, já que o hotel não aceitava animais.
Durante a estadia no hotel, a casa continuou sendo afetada pelas operações da empresa, e a família teve que lidar com a retirada apressada de seus pertences, que foram jogados na rua sem estar embalados. Toda essa situação gerou indignação e desconforto para os moradores, que se viram em uma situação de vulnerabilidade devido à falta de suporte adequado da empresa responsável pela obra.