Família de paciente autista enfrenta ameaça de perda de convênio com a Amil por manobra financeira da operadora

Recentemente, muitos pacientes têm sido afetados pela prática de rescisão unilateral dos contratos de planos de saúde, principalmente os feitos por adesão, que envolvem uma administradora entre o consumidor e o prestador de serviços. Essa situação tem gerado preocupação e angústia para diversas famílias, como é o caso de Carla Borges Godinho, moradora de Santo André e mãe de Lucas Godinho Mendes Paes, de 11 anos, uma criança autista e com TDAH.

Carla recebeu a informação de que a Amil, operadora de saúde responsável pelo plano de seu filho, irá cancelar o convênio. Isso representa um grande impacto na rotina de Lucas, que necessita de várias terapias contínuas para o tratamento do autismo. Mesmo com o convênio ativo, o atendimento prestado atualmente não corresponde às necessidades da criança, e a mãe teme que a situação piore se o plano for efetivamente cancelado.

A luta de Carla não é isolada, ela faz parte de um grupo de mães que enfrentam a mesma situação com a Amil. Muitas delas relataram ter recebido avisos de cancelamento, e a incerteza sobre o prazo de validade do convênio gera ainda mais insegurança e desespero.

Em nota, a Amil justificou que a decisão de cancelar alguns convênios visa garantir a sustentabilidade financeira da empresa. No entanto, pacientes como Lucas, que dependem de tratamentos contínuos e especializados, acabam sendo prejudicados por essas medidas. A advogada Márcia Paulussi ressalta que a prática de cancelamentos afeta principalmente os planos por adesão e os empresariais, prejudicando aqueles que mais necessitam de assistência.

Diante desse cenário, a luta de Carla e de tantas outras famílias em situações semelhantes é por garantir a continuidade do tratamento adequado para seus entes queridos. A pressão e o enfrentamento aos convênios tornam-se essenciais para garantir os direitos dos pacientes e a manutenção dos serviços de saúde que tanto necessitam. É fundamental que a sociedade e os órgãos reguladores se mobilizem para garantir o acesso à saúde de qualidade para todos.

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