Além disso, os dados revelaram que o perfil das pessoas que ocupam o cargo de ouvidor é mais diverso em relação a raça e gênero, com 33,3% de brancos, 53,3% de negros, 13,3% de indígenas, e 73,4% de mulheres, sendo que 13,4% se identificaram como lésbicas ou bissexuais, e 86,7% como heterossexuais.
A pesquisa, realizada entre maio e junho deste ano, contou com a participação de 15 dos 17 ouvidores em atividade, revelando informações importantes sobre a atuação e a composição das ouvidorias externas das defensorias públicas.
Apesar de o perfil dos ouvidores ser mais diversificado que outras carreiras, muitas dessas estruturas carecem de um tamanho e orçamento definidos. A lei estabelece que é preciso criar uma estrutura de trabalho com a alocação de servidores, que podem ser comissionados ou de carreira, algo que ainda não foi cumprido em muitas defensorias.
A criação das ouvidorias também é um desafio, já que a iniciativa para a criação do cargo de ouvidor é do defensor público-geral de cada estado. A maioria das defensorias públicas foi procurada para fornecer informações sobre o controle externo e a participação social, mas algumas ainda não têm prazo para estabelecer a ouvidoria.
No entanto, existem progressos em relação às ouvidorias de polícias, já que os ouvidores têm uma cadeira no Conselho Superior das defensorias e podem propor mudanças no órgão e nos procedimentos. Além disso, as ouvidorias externar realizam um controle externo das defensorias públicas, colhendo reclamações e acompanhando os serviços prestados.
No entanto, ainda há muito a ser feito para garantir que todas as defensorias públicas estejam em conformidade com a lei que determina a instalação de ouvidorias externas. Muitas delas ainda enfrentam desafios para definir suas estruturas e contratar servidores, bem como para estabelecer um cronograma para a criação da ouvidoria.