Além disso, o estudo revelou que 57,3% das pessoas estariam dispostas a pagar mais para viajar sentadas durante as viagens de ônibus. Outros 57,3% também aceitariam pagar mais por ônibus com tecnologias menos poluentes e elétricos, mostrando uma preocupação crescente com a sustentabilidade e qualidade do transporte público.
A pesquisa, que ouviu 3.117 pessoas em 319 municípios com mais de 100 mil habitantes, buscou identificar os principais modos de transporte utilizados no Brasil e avaliar a percepção dos passageiros sobre o transporte urbano. O levantamento, que não era realizado desde 2017 e foi cancelado em 2020 devido à pandemia, foi retomado em função do ano eleitoral de 2024.
O uso do transporte por aplicativo cresceu consideravelmente nos últimos anos, passando de 1% em 2017 para 11,1% em 2024. Os motivos apontados para a escolha deste serviço foram a maior rapidez nas viagens, a flexibilidade de rotas e horários e o conforto oferecido. No entanto, a pesquisa também revelou um aumento no número de pessoas que deixaram de utilizar ônibus, bem como o aumento do uso do carro próprio e da obtenção de motos.
Diante desse cenário, a diretora executiva da CNT, Bruno Batista, ressalta a importância de políticas públicas que incentivem o uso do transporte público, como investimentos em infraestrutura, renovação de frota e adoção de novas tecnologias. A questão da mobilidade urbana se torna cada vez mais relevante, especialmente diante do aumento dos engarrafamentos e da necessidade de oferecer um transporte público de qualidade para a população.
