De acordo com as informações contidas no relatório, o Comando Vermelho expandiu sua atuação para três novas unidades da federação: Espírito Santo, Pernambuco e Amapá. Já o PCC ampliou sua presença para 24 estados, incluindo a Bahia e o Amapá. No entanto, é importante ressaltar que o Distrito Federal e Sergipe informaram não ter mais registros da presença dessas facções em seus territórios.
O mapeamento das facções no sistema prisional, revelado pela imprensa em dezembro de 2023, mostrou um aumento no número de organizações criminosas identificadas pelo Ministério da Justiça. De 2022 a 2024, o órgão conseguiu mapear 88 facções diferentes, indicando a complexidade e a preocupação com a segurança dentro dos presídios.
As facções criminosas surgiram com reivindicações por melhorias nas condições carcerárias, mas ao longo do tempo se fortaleceram no crime, principalmente no tráfico de drogas. Isso desencadeou disputas territoriais que afetam não apenas a população carcerária, mas também a segurança pública em geral.
Além disso, a superlotação dos presídios e a falta de estrutura adequada contribuem para o recrutamento constante de novos integrantes pelas facções. Com um déficit de mais de 162 mil vagas nos presídios estaduais e uma população carcerária de 644 mil presos, o Brasil enfrenta desafios significativos no sistema prisional.
Diante desse panorama preocupante, a presença das facções criminosas não se restringe apenas aos presídios, atingindo também as comunidades vizinhas. Segundo uma pesquisa do Datafolha, 23 milhões de brasileiros conviveram com facções criminosas e grupos milicianos em seus bairros nos últimos 12 meses, evidenciando a gravidade do problema e a necessidade de medidas efetivas para lidar com essa realidade.