No entanto, a partir da virada da década de 70 para os anos 80, os ultraconservadores passaram a adotar uma estratégia diferente, abraçando bandeiras e agendas que antes eram associadas ao progressismo. Questões como Direitos Humanos, feminismo, racismo e liberdade de expressão passaram a ser disputadas não apenas pela esquerda, mas também pela extrema-direita.
Essa mudança de postura pode ser atribuída em parte ao neoliberalismo, que promove um “hiper-individualismo” empreendedor, incentivando cada indivíduo a se responsabilizar por si mesmo e defendendo a liberdade de expressão a qualquer custo, mesmo que isso cause danos e estigmatize grupos vulneráveis.
A filósofa americana Wendy Brown destaca que a democracia está sendo violentamente questionada por duas forças opostas: o populismo nacionalista reacionário e a tecnocracia pós-nacional. Nesse contexto, figuras como Elon Musk aproveitam para criar crises fabricadas que visam gerar instabilidade e radicalização em democracias estabelecidas, ignorando países autoritários e com questionáveis práticas democráticas.
Portanto, é importante estarmos atentos a essas estratégias e discursos que colocam em risco os princípios democráticos e a liberdade de expressão, buscando sempre promover uma sociedade mais justa e igualitária para todos os cidadãos.