Curiosamente, a exposição negativa não teve um efeito totalmente prejudicial para DJ Ivis. Nos dias seguintes à divulgação do vídeo, seu perfil no Instagram recebeu mais de 250 mil novos seguidores, apesar da repercussão negativa do escândalo. Essa situação traz à tona a reflexão sobre como a exposição de casos de violência, infelizmente, muitas vezes pode impulsionar a carreira de agressores.
Um cenário semelhante ocorreu em julho de 2024, quando a cantora Iza, grávida de cinco meses, revelou publicamente que havia sido traída por Yuri Lima, jogador de futebol, durante sua gestação. Apesar do desabafo comovente de Iza, o perfil de Yuri no Instagram também recebeu um grande número de novos seguidores após a polêmica, o que levanta questões sobre como o público reage a situações de violência de gênero envolvendo figuras públicas.
Recentemente, o rapper americano Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy ou Puff Daddy, foi alvo de sérias acusações, incluindo estupro, tráfico sexual e associação criminosa, o que resultou em seu indiciamento e prisão preventiva. Surpreendentemente, suas músicas tiveram um aumento de execuções após a prisão, indicando que, em alguns casos, a exposição negativa pode até mesmo beneficiar o artista em termos de popularidade.
Esses exemplos destacam o quanto a cobertura sensacionalista da mídia pode transformar casos de violência contra a mulher em um espetáculo midiático, em que o agressor se torna o centro das atenções e o crime é relegado a segundo plano. É fundamental repensar a maneira como esses eventos são tratados pela mídia e pelas redes sociais, a fim de priorizar o apoio às vítimas e combater a cultura de impunidade que muitas vezes prevalece nesses casos.