De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no primeiro semestre de 2024 as exportações totalizaram 344,324 mil toneladas, uma redução de 2,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O presidente do Inesfa, Clineu Alvarenga, observou que o mercado interno continua com baixa produção de aço, o que tem impactado a demanda por sucata ferrosa.
Alvarenga ressaltou que algumas usinas siderúrgicas suspenderam temporariamente a produção, resultando em uma diminuição na necessidade de sucata ferrosa. Além disso, ele mencionou a presença de um excesso de aço chinês no mercado global e a demora do Brasil em implementar medidas protetivas, como tarifas de importação. No entanto, ele acredita que os efeitos da cota-tarifa para importação de produtos siderúrgicos serão mais perceptíveis nos próximos meses.
A recente valorização do dólar também contribuiu para o aumento das exportações de sucata ferrosa, juntamente com a redução dos custos fretes internacionais. Isso, somado à tarifa de importação do aço em vigor no Brasil, indica uma possível melhoria na demanda interna nos próximos meses.
Além disso, o decreto 12.082, que institui a Estratégia Nacional de Economia Circular, foi aprovado no final de junho, sendo bem recebido pelo Inesfa. Essa medida visa promover a transição do modelo de produção linear para a economia circular, incentivando a reciclagem e a valorização de materiais recicláveis.
O presidente do Inesfa ainda destacou a importância de outras medidas, como o Projeto de Lei que isenta recicladores e cooperativas de catadores do pagamento de PIS e Cofins na venda de materiais reciclados e a PEC da Reciclagem, que busca isentar novos impostos na venda desses materiais às indústrias. Essas iniciativas buscam estimular o setor de reciclagem e favorecer a transição para uma economia circular.