De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, Minas Gerais tem um coeficiente de incidência de 2.260 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Distrito Federal, com um coeficiente de 4.343 casos por 100 mil habitantes. A média nacional é de 660 casos para cada 100 mil habitantes.
Comparando com o ano anterior, a situação em Minas Gerais é alarmante. Os 464.223 casos prováveis registrados nas primeiras semanas de 2024 já superam a totalidade de casos contabilizados ao longo de 2023, que foram 408.393. Em 2023, o índice de incidência da doença no estado era de 1.907 casos para cada 100 mil habitantes.
A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais divulgou os resultados do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti de 2024, apontando que 366 municípios estão em situação de alerta e 305 apresentam risco elevado para a transmissão de dengue, Zika e chikungunya.
Diante desse cenário, o estado de Minas Gerais decretou emergência em saúde pública em 27 de janeiro, com o intuito de facilitar o acesso a recursos federais e agilizar processos de combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Outros estados, como Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo, também decretaram emergência devido ao aumento das notificações de dengue.
Para capacitar profissionais de saúde e intensificar o combate à dengue e outras arboviroses, o governo mineiro promoverá o Encontro Macrorregional de Enfrentamento das Arboviroses e a Oficina Macrorregional Sobre Manejo Clínico das Arboviroses. Essas iniciativas visam qualificar os profissionais de saúde para oferecer uma resposta adequada aos pacientes suspeitos de arboviroses, prevenindo mortes e complicações evitáveis. A previsão é que cerca de 500 profissionais de saúde de 103 municípios participem desses eventos.
