Os assassinatos de guajajaras têm sido associados à expansão da pecuária e da exploração madeireira ilegais na Arariboia e em áreas circunvizinhas, com a maioria dos crimes ocorrendo nos municípios de Amarante e Arame. Essas atividades ilegais também estão ligadas a embargos do Ibama por desmatamento ilegal e a operações da Polícia Federal. No entanto, não há evidências de que os proprietários das serrarias e fazendas estejam diretamente envolvidos nos assassinatos.
A situação na Arariboia é descrita como problemática pelo procurador federal Hilton Melo, que ressalta a falta de proteção efetiva das fronteiras da terra indígena. Uma operação para retirar o gado ilegal da região está planejada para o primeiro semestre de 2025, de acordo com o secretário nacional de direitos territoriais indígenas do Ministério dos Povos Indígenas, Marcos Kaingang. Estima-se que entre 500 e 1.000 cabeças de gado estejam presentes na Arariboia.
Além disso, foram detectadas ilegalidades nos arredores da Arariboia, com desmatamento em áreas protegidas por lei e construção de pistas de pouso sem licença. A situação fundiária no Maranhão é descrita como caótica pelo promotor de Justiça Haroldo Paiva de Brito, que aponta a falta de controle sobre as terras devolutas do estado.
A criação ilegal de gado nos arredores da Arariboia também tem gerado pressão para a extração ilegal de madeira dentro da terra indígena, com operações policiais recentes resultando na prisão de pessoas envolvidas nessas atividades. A situação é complexa e exige uma resposta efetiva das autoridades para proteger o território e garantir a segurança dos indígenas guajajaras na região.
Portanto, a situação na Terra Indígena Arariboia deve ser acompanhada de perto pelas autoridades competentes, a fim de coibir práticas ilegais que colocam em risco a vida dos indígenas e prejudicam o meio ambiente. A proteção das terras indígenas e o respeito aos direitos dos povos originários devem ser prioridades na busca por soluções sustentáveis e justas para a região.