Segundo informações levantadas, a maioria das viagens de trabalho de Arruda para o Ceará tinham o trecho de ida na quinta-feira e o de volta na segunda-feira. Ao todo, desde o início do governo Lula, o ex-senador realizou 77 viagens a serviço, sendo que 2 em cada 3 deslocamentos foram para o Ceará.
Destaca-se que em uma viagem realizada em 2024, Arruda chegou a permanecer no Ceará durante o Carnaval, retornando a Brasília somente após o feriado. Sua agenda pública apresentava poucos compromissos durante o período das viagens, gerando questionamentos sobre a finalidade e a eficiência das mesmas.
As viagens resultaram em um total de 156 diárias no ano passado, totalizando um gasto de R$ 79,3 mil, incluindo as passagens aéreas. Questionado, o MCTI afirmou que os deslocamentos de Arruda foram exclusivamente para cumprir agendas relacionadas às atividades de seu cargo, justificando a frequência de viagens ao Ceará devido aos convites recebidos em decorrência de sua atuação no Ministério. Arruda não quis comentar sobre o assunto.
Além disso, a reportagem apontou que Arruda ficou em segundo lugar na lista de mais viagens pagas pelo governo, ficando atrás apenas do almirante Flávio Rocha. Este último, em reservae ex-assessor do comandante da Marinha, também recebeu críticas por suas viagens frequentes e altos gastos, levantando questionamentos sobre a necessidade e a eficácia desses deslocamentos.