Durante seu depoimento virtual no terceiro dia do julgamento, Ronnie Lessa explicou que agiu exclusivamente para eliminar a vereadora e que a morte do motorista foi um resultado não intencional. Segundo as investigações, a arma utilizada no crime foi fornecida por Robson Calixto, ex-assessor de Domingos Brazão, e foi uma submetralhadora HK.
No processo, entre os réus estão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, seu irmão Chiquinho Brazão, deputado federal, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos estão sendo acusados de homicídio e organização criminosa e estão detidos aguardando o desfecho do julgamento.
Ronnie Lessa também declarou que teve conhecimento antecipado da operação policial que resultou em sua prisão e que o assassinato de Marielle foi planejado de forma a não parecer um crime político, visando evitar a entrada da Polícia Federal no caso. Cerca de 70 testemunhas deverão prestar depoimento durante o processo, e os depoimentos dos réus estão previstos para o final do julgamento.