Castro Alves afirmou em entrevista ao jornal Estadão que soube do assédio de Silvio Almeida contra Anielle no início do ano, e que o governo também tinha conhecimento desde então. Ele relatou que, apesar de inicialmente ter sido difícil acreditar nas denúncias, diversos colegas do movimento negro e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania confirmaram os relatos e afirmaram que as situações de assédio eram reiteradas.
O ex-secretário também revelou que, após o caso envolvendo Anielle, surgiram várias outras denúncias de assédio moral na Pasta, envolvendo tanto Almeida quanto suas principais assessoras. Ele mencionou que mais de 50 pessoas deixaram o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania por conta do comportamento de Almeida e de sua equipe, afirmando que as atitudes do ex-ministro deixaram todos “chateados e frustrados”.
As acusações feitas contra Silvio Almeida pela ONG Me Too Brasil foram feitas por ex-integrantes do ministério. O ministro reagiu às acusações ressaltando a necessidade de provas e repudiando veementemente as mentiras que estavam sendo disseminadas contra ele. Em seu comunicado, Almeida destacou sua luta diária em favor dos direitos humanos e da cidadania no país e afirmou que todas as denúncias devem ser devidamente apuradas.
Diante do ocorrido, Ariel de Castro Alves lamentou a situação, destacando o prejuízo para a luta pelos direitos humanos no Brasil e afirmando que a gestão de Almeida estava sendo encerrada de forma desastrosa. A crise instaurada no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reflete a gravidade dos episódios relatados e o impacto que eles tiveram no ambiente de trabalho da Pasta.