A investigação em questão já vinha se desdobrando desde agosto, quando a PF indiciou não apenas o ex-ministro Anderson Torres, mas também o ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, e outros quatro policiais federais que estavam cedidos ao Ministério da Justiça durante o governo de Jair Bolsonaro. A suspeita que paira sobre eles é a de terem dificultado o deslocamento de eleitores, o que motivou o indiciamento por parte da Polícia Federal.
Contudo, mesmo com o indiciamento já realizado, a PF solicitou mais tempo para concluir os interrogatórios e apresentar um relatório final. A justificativa é de que existem elementos suficientes que apontam para a obstrução do deslocamento de eleitores, mas é necessário aprofundar as investigações para tomar decisões claras. Cabe agora à Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliar se irá denunciar os envolvidos ou se solicitará novas apurações.
A Polícia Rodoviária Federal está subordinada ao Ministério da Justiça, mesma instância à qual a PF reporta suas atividades. Dessa forma, as investigações seguem em curso para esclarecer todo o ocorrido durante o período eleitoral de 2022. O depoimento de Anderson Torres é apenas mais um capítulo nesse complexo enredo que envolve altos escalões do governo.