Durante o depoimento, o ex-delegado revelou que foi apresentado a Marielle por Marcelo Freixo, ex-deputado estadual e antigo chefe da vereadora na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Barbosa ressaltou a importância do trabalho de Marielle na defesa dos direitos humanos, classificando-a como um elo de ligação entre ele e Freixo para receber pessoas em busca de informações sobre investigações de crimes.
Barbosa também aproveitou para elogiar a atuação de Marielle na sociedade brasileira, destacando sua contribuição para a defesa dos direitos humanos. Ele expressou sua gratidão à vereadora, ressaltando a relação cordial e profissional que mantinha com ela.
Outro ponto abordado durante o depoimento foi a negação de qualquer conhecimento ou relação com os irmãos Brazão, também réus no caso. Barbosa deixou claro que nunca teve contato com os irmãos Brazão em aspecto algum, seja político, religioso, espiritual ou transcendental.
A audiência teve início por volta das 13h45 e está prevista para se estender até o início da noite. Além de Rivaldo Barbosa, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira também são réus no processo. Todos estão sendo acusados de homicídio e organização criminosa, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.
Segundo a investigação da Polícia Federal, o assassinato de Marielle está relacionado aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que possuem conexões com milícias em áreas controladas no Rio de Janeiro. Os investigadores apontam que Barbosa teria planejado minuciosamente o crime e contribuído para obstruir as investigações iniciais.
A sessão continua em andamento e o desfecho desse depoimento pode trazer novos desdobramentos para o desfecho deste caso que chocou o país em 2018.