Ex-CEO da Americanas e executiva entram na lista vermelha da Interpol após mandados de prisão pela Polícia Federal.

O ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, e a ex-executiva Anna Saicali se encontram na mira da justiça depois de serem alvos de mandados de prisão emitidos pela Polícia Federal e inclusos na difusão vermelha da Interpol. A investigação em questão se refere ao rombo bilionário de mais de R$ 20 bilhões na Americanas, empresa varejista de grande porte.

De acordo com informações obtidas, Miguel Gutierrez teria vendido R$ 158 milhões em ações da empresa após ter conhecimento de que seria substituído no comando. Além disso, outros ex-executivos da empresa também realizaram negociações de ações que somam mais de R$ 250 milhões, após o anúncio da troca de comando na Americanas. Essas transações suspeitas estão sendo investigadas pela Polícia Federal, que também apura o possível uso de informações privilegiadas no mercado financeiro.

A inclusão de Gutierrez e Saicali na difusão vermelha da Interpol ocorre após a emissão de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva. Tanto o ex-CEO quanto a ex-executiva optaram por deixar o Brasil, sendo que a assessoria de Saicali não se pronunciou e a defesa de Gutierrez não foi localizada até o momento da redação desta matéria.

A operação desencadeada pela Polícia Federal, denominada “disclosure”, conta com a participação de cerca de 80 policiais federais que cumprem mandados de prisão preventiva e busca e apreensão nas residências dos ex-diretores da Americanas localizados no Rio de Janeiro. Além disso, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores que ultrapassam a marca dos R$ 500 milhões.

As acusações envolvem crimes como manipulação de mercado, uso de informação privilegiada e associação criminosa. As investigações apontam para a prática de irregularidades com o intuito de atingir metas financeiras internas e manipular o valor de mercado das ações da empresa de forma ilícita. Em caso de condenação, as penas estipuladas podem chegar a até 26 anos de reclusão, de acordo com a legislação vigente.

Em resumo, o caso envolvendo a Americanas e seus ex-executivos segue em desenvolvimento, com ações concretas sendo tomadas para apurar e responsabilizar os envolvidos pelas fraudes milionárias na empresa.

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