Ex-ajudante de Bolsonaro é vetado de promoção a coronel do Exército por investigação da PF em tentativa de golpe.

O tenente-coronel Mauro Cid, que já foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi retirado da lista de postulantes à promoção de coronel pelo Exército. Ele está sendo investigado pela Polícia Federal por suposta participação em um golpe de Estado contra a posse do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e também por possíveis envolvimentos em um caso relacionado a joias.

Além de Mauro Cid, outros quatro militares também foram retirados da lista de promoções. Os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Guilherme Marques de Almeida, Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Ronald Ferreira de Araújo Júnior foram vetados pela Comissão de Promoção de Oficiais da Força Terrestre.

Segundo as regras do Exército, as promoções de oficiais até o posto de tenente-coronel são automáticas, baseadas no tempo de serviço ou no merecimento. No entanto, para avançar ao posto de coronel, o oficial deve passar pela avaliação de um colegiado de 18 generais, que decide quem será promovido.

Questionado sobre os critérios para as promoções, o Exército não se pronunciou. As promoções acontecem três vezes ao ano, nos meses de abril, agosto e dezembro. Mauro Cid e os demais militares excluídos ainda têm duas oportunidades para concorrer à promoção, com as próximas janelas em dezembro e abril de 2025. No entanto, é necessário que estejam livres de acusações da Polícia Federal e de restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal.

Mauro Cid estava entre os primeiros colocados de sua turma e era esperado que alcançasse o posto de coronel na primeira leva de promovidos. No entanto, sua exclusão se deu devido à sua prisão em maio do ano passado, durante a Operação Venire da PF, que investigou fraudes em cartões de vacina contra a Covid-19.

Após um acordo de delação premiada em setembro, onde apontou Bolsonaro como mandante das fraudes, Mauro Cid foi solto. No entanto, ele voltou à prisão em março deste ano após declarações polêmicas sobre a investigação da PF. Mesmo com as reviravoltas, sua delação premiada continua válida.

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