Estudo mostra que tratamento com antiviral Paxlovid por 15 dias não reduz risco de sequelas pós-Covid, aponta pesquisa nos EUA

Um estudo clínico realizado nos Estados Unidos avaliou o uso do antiviral Paxlovid como tratamento para reduzir as sequelas pós-Covid em pacientes com Covid longa. O experimento, chamado STOP-PASC, envolveu 155 participantes e foi publicado no periódico científico Jama Internal Medicine.

Durante o estudo, os participantes foram divididos em dois grupos, sendo que um recebeu o tratamento com Paxlovid por 15 dias, enquanto o outro grupo recebeu placebo. Após três meses da infecção inicial, os voluntários foram avaliados para verificar a eficácia do medicamento na redução dos sintomas. No entanto, os resultados não apontaram diferença significativa na redução das sequelas da Covid entre os grupos.

Os sintomas mais relatados pelos participantes foram fadiga, confusão mental e dores no corpo. A maioria dos pacientes do grupo que recebeu o Paxlovid ainda apresentou sintomas da Covid longa na primeira avaliação, indicando a ineficácia do tratamento em reduzir o risco de sequelas.

Outros estudos também têm buscado investigar o uso de drogas antivirais, como o Paxlovid, no tratamento da Covid longa. Apesar de relatos anedóticos de melhorias, este foi o primeiro estudo randomizado e controlado a comparar a eficácia do medicamento.

Além disso, pesquisas apontam que a Covid longa é multifatorial e ainda não está claro por que algumas pessoas desenvolvem a condição. Estudos também indicam que a vacinação pode ajudar a reduzir as sequelas pós-Covid, principalmente com doses de reforço bivalente.

No Brasil, o Paxlovid foi incorporado ao SUS em 2022, mas a disponibilidade do medicamento nos hospitais públicos ainda é limitada. A Anvisa aprovou o uso do Paxlovid no país e a administração do medicamento consiste na ingestão de dois comprimidos por dia, durante cinco dias.

Em resumo, apesar da esperança gerada pelo uso do antiviral Paxlovid no tratamento da Covid longa, os resultados deste estudo indicam que o medicamento não foi eficaz na redução das sequelas da doença. Novas pesquisas são necessárias para compreender melhor essa condição e buscar alternativas de tratamento mais eficazes.

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